Hoje o dia está cinzento, sem graça, sem cor, exatamente como estou me sentindo hoje, 14 de setembro, o dia que você nasceu, seria essa manhã que eu iria lhe acordar com um forte abraço, como fiz durante vinte e seis anos, abraço este que amanhã o dia do meu aniversário você iria me retribuir, já era um ritual antigo nosso, primeiro você dia 14 e em seguida eu dia 15, uma artimanha do destino, mas hoje é diferente, hoje você não está mais aqui, não posso mais te abraçar, ah meu irmão como eu queria poder de acordar, na verdade como eu gostaria de acordar hoje nesse 14 de setembro e perceber que tudo isso não passou de um terrível pesadelo e que na verdade você não partiu, mas estaria como sempre esteve há apenas alguns passos de mim já esperando o meu abraço de feliz aniversário, mas infelizmente não é assim.
Talvez um dia essa dor diminua hoje ela ainda é muito forte, se não fosse a força que recebo da minha esposa, meu filho, minha mãe e a certeza de que Deus sabe de todas as coisas, se não fosse isso, não sei como seria irmão, sinceramente não sei.
Tento não chorar, tento lembrar de você com alegria, afinal alegria era esse seu segundo nome meu irmão.
Tento não chorar, tento lembrar de você com alegria, afinal alegria era esse seu segundo nome meu irmão.
Hoje é o seu aniversário, amanhã o meu, mês que vem completam-se dois anos que você se foi, dois anos sem você meu irmão, meu amigo, talvez um dia a gente se encontre, talvez um dia enfim eu encontre a resposta para tudo isso, por hora só me resta lembrar dos bons momentos que passamos juntos e buscar forçar para continuar seguindo em frente, fazer feliz minha família, confortar nossa mãe, me fortalecer na minha fé e quem sabe com isso, aos poucos eu reencontre a minha própria felicidade.
Saudades....
Saudades....
Álvaro André
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